Você está aqui: Página Inicial / Seções / Notícias / “Tivemos uma brutal ampliação do acesso à saúde com o Mais Médicos”

“Tivemos uma brutal ampliação do acesso à saúde com o Mais Médicos”

À CartaCapital, o ministro da Saúde faz um balanço do programa e explica porque o governo pretende expandir as escolas de medicina

Com dois anos de existência e 18,2 mil profissionais inscritos, o programa Mais Médicos alcança 4.058 cidades e 34 distritos indígenas, com impacto sobre 63 milhões de brasileiros, informa o Ministério da Saúde. Não há mais cidades sem ao menos um médico para atender a população. Há dois anos, havia 700. Mas o provimento emergencial está longe de ser uma solução definitiva. Para reduzir a dependência dos estrangeiros, que hoje representam 70% da força de trabalho no programa, o governo decidiu criar 11.447 novas vagas em cursos de medicina até 2017, das quais 5,3 mil já foram autorizadas, a maior parte delas em instituições privadas.

A proposta é controversa. As entidades da área de saúde acusam o governo de promover uma expansão indiscriminada das faculdades, em locais com infraestrutura inadequada, colocando em risco a qualidade da formação médica. Em reação, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Escolas Médicas decidiram criar um modelo próprio de avaliação dos cursos da área, independente daquele que já é adotado pelo governo. E o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) promete ingressar na Justiça contra a abertura dos novos cursos.

Na entrevista a seguir, o ministro Arthur Chioro faz um balanço do programa e rebate parte das críticas formuladas pelas entidades médicas. Ele ressalta que o Brasil tem 1,8 médico por mil habitantes, índice bem inferior ao de nações desenvolvidas, a exemplo do Reino Unido (2,7) e da França (3,5), e até mesmo de vizinhos sul-americanos, como Uruguai (3,7) e Argentina (3,2), segundo a Organização Mundial da Saúde. Com a ampliação das vagas em cursos de medicina, seria possível alcançar, em 2026, o atual patamar do Reino Unido, que possui o segundo maior sistema de saúde público de caráter universal, atrás apenas do Brasil. “No primeiro edital, 254 cidades se inscreveram e 153 apresentaram proposta. Mas apenas 39 foram selecionadas, exatamente por cumprir os requisitos de qualidade.”

 

Confira a entrevista na íntegra neste link >> http://www.cartacapital.com.br/blogs/cartas-da-esplanada/201ctivemos-uma-brutal-ampliacao-do-acesso-a-saude-com-o-mais-medicos201d-6853.html

registrado em: ,