No sexto dia de vivência foi contemplado com uma visita no assentamento Glória, terreno pertencente a Universidade Federal de Uberlândia, onde residem aproximadamente 15000 pessoas sem a estrutura mínima de moradia, o local não conta com saneamento básico e nas proximidades não há oferta de nenhum estabelecimento de saúde que possa atender estes assentados. A visita contou com a participação dos moradores e de outros que apoiam o movimento e foi possível conhecer a história que hoje os moradores enfrentam para com a polícia.  Durante a visita foi possível discutir a participação social nesse tipo de ocupação. Dentro do assentamento, existe uma OCA, onde existe uma comunidade indígena vivendo com a mesma falta de condição de moradia dos demais residentes.

Durante a tarde participamos da Pré Conferência Municipal de Saúde, onde existe o espaço para que usuários, profissionais da saúde e prestadores de serviço levem suas demandas e busquem métodos de conseguir suprir as necessidades para um melhor funcionamento da rede. Foi possível participar das demandas e sugerir melhorias para a cidade, para que estas ideias sejam levadas a Conferência Municipal e posteriormente para a Conferência Estadual/Nacional.

No período da noite, além da avaliação do dia de vivência, tivemos um debate sobre a situação dos negros e negras no país, sobre diversas perspectivas no que tange saúde, economia, modo de vida, aceitação social, dentre outros determinantes da saúde. O dia de vivência de fato emocionou os viventes e possibilitou enxergar e refletir sobre as minorias e as pessoas que vivem marginalizados.