Fármacos Rastreadores (triggers tools)
Busca ativa de reações adversas a medicamentos e erros de medicação utilizando fármacos rastreadores (triggers tools) “Triggers tools” têm sido definidos como “bandeiras” facilmente identificáveis de ocorrências nos registros dos pacientes, que alertam para potenciais erros ou EA.
Seu uso foi introduzido em 1974, pelo Institute Health Improvement (IHI) com o objetivo de identificar eventos adversos relacionados a medicamentos como erros de prescrição, dispensação ou administração. Por sugestão da ANVISA, este assunto foi apontado como prioridade, pois não há um conhecimento preciso a respeito da ocorrência de eventos adversos nos hospitais brasileiros.
A literatura aponta para taxas que variam de 1,5% a 35% nos Estados Unidos (WHO, 20093). Estimativas sugerem que 7,5% a 10,4% dos pacientes sofram algum evento adverso durante o tempo de internação (WHO, 2010). De acordo com a revisão de Walter Mendes et al, 2005, a ocorrência de EA oscila de 2,9 a 16,6 por 100 pacientes internados, dependendo do estudo e metodologia adotados (idade dos pacientes, tipo de seguimento – prospectivo ou retrospectivo).
O mesmo autor conduziu estudo em hospitais do Rio de Janeiro, com o objetivo de verificar a densidade de incidência de eventos adversos, sendo obtidas taxas de 0,8 EA por 100 pacientes-dia (Mendes et al., 20094).
Para propor a implantação da busca ativa utilizando a ferramenta triggers tools inicialmente foi conduzida revisão na busca na literatura de relatos de instituições que utilizam a metodologia. Esta revisão foi apresentada à ANVISA em reunião de acompanhamento do projeto, onde discutiu-se a viabilidade da implantação da metodologia IHI –GGT no HNSC.
Após revisão e apresentação a ANVISA optou-se pela adoção do trigger “dexclorfeniramina” para a revisão de prontuários de pacientes internados que recebem este medicamento.
