Há um sertão dentro da gente.
Quem não viu beleza no sertão não soube ser sertanejo. Olha lá, caro amigo, o quadro natural. As cores e o brilho daquele sol. Não é mar, nem litoral, é terra pra lá de quente de gente forte e ardente. É sertão. De lá eu vim carregando saudades, canto, poesia e coragem. De lá eu vim sendo guerreiro como quem luta numa guerra e volta pra casa com a medalha de bom soldado. Aqui no peito meu a semente plantada, agora com sinal de vida, verde fica. Nada seria se lá não fosse: mas eu fui. Meu corpo agora marcado pelo vermelho na pele se mistura com o vermelho da bandeira. E o grito proclamado agora diz que também sou forte. E o choro derramado agora lava minha dor. Agora sou um peixe em cardume. Sabe o que isso significa? Não estou só. Foi lá no sertão que marchamos descalços e que a ciranda tocou. Foi lá no sertão, caro amigo, que tudo começou.
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Alberis Luis dos Santos