O SUS é de povo. Nasceu pelo povo e para o povo deve permanecer. Estamos falando de uma conquista, da luta de trabalhadores/as e usuários/as que, num dado momento histórico brasileiro, sacudiram a poeira e deram a volta por cima. Enquanto o país passava por um processo de redemocratização, a luta de uma sociedade inquieta fez a revolução, mostrando que só à luta muda à vida. É, pois, neste processo de conquistas que pautamos nossas experiências no VER-SUS, criando espaços de diálogo e fazeres voltados para a educação popular, tomando como base metodológica os textos do educador Paulo Freire, em sua obra Pedagogia do Oprimido.
Os estágios de vivências no SUS são espaços que extrapolam a realidade acadêmica no que tange seu processo de formação. Ainda, no ambiente universitário pouco se discute sobre o Sistema Único de Saúde, distanciando-se do debate, inclusive, da educação popular enquanto forma de transformação, como diria Sales (2010) “do modo de sentir/ pensar/ querer/ se expressar/ agir mais profundo e coerente”, contribuindo com uma sociedade mais justa e igualitária. Na contramão do capitalismo, pensando na organicidade e no empoderamento dos excluídos, a proposta do VER-SUS, iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com a Rede Unida, surge e sugere uma modificação nos modos de pensar sobre política, sociedade e o SUS.
No pré-assentamento do MST- Che Guevara, Moreno/PE, num processo de imersão que durou 13 dias, contando com 50 viventes e 10 facilitadores, foi criado um espaço de formação e vivência com as famílias pré-assentadas, ampliando o saber sobre saúde, bem como nos dispositivos de saúde da região de Moreno e Jaboatão dos Guararapes. Ao todo, visitamos a rede de atenção básica, de média e alta complexidade e os dispositivos substitutivos da rede de atenção psicossocial, além de visitas complementares ao terreiro de umbanda/candomblé.
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RECIFE E METROPOLITANA - EDIÇÃO 2016/2
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